Contribuir na construção do futuro de crianças, adolescentes e seus familiares, promovendo transformações humanas, sociais e econômicas, possibilitando maior justiça social através da educação,
profissionalização e melhoria das condições de vida nas comunidades carentes do Rio de Janeiro.
A Cidade de Deus surgiu como um dos projetos habitacionais criados para abrigar os moradores expulsos de favelas pela política remocionista do governo Carlos Lacerda (1960-1965).
Na década de 1980, o bairro já tinha ex-moradores de 63 favelas do Rio de Janeiro. Cerca de 70% dessa população vinha das favelas Praia do Pinto, Parque da Gávea, Ilha das Dragas, Parque do Leblon, Catacumba e Rocinha. Hoje, a população é de 36.515 habitantes. Destes, 9.505 (26%) são jovens. Em 2002, as imagens da favela ganharam o mundo após a estreia do filme Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meireles. O longa, baseado num romance do escritor Paulo Lins, conta a história de como o comércio ilegal de drogas se instalou no local.
A produção é considerada a primeira de uma linhagem de filmes brasileiros sobre pobreza e violência urbana, que marcaram a primeira década dos anos 2000.
Neste momento de pandemia, para tirar um pouco as crianças da ociosidade, lançamos o projeto Caixote do Saber. Iniciativa de um dos voluntários do projeto e morador da favela, o objetivo é levar educação e cultura para pontos estratégicos da comunidade. Lá o morador poderá retirar o livro e devolve-lo no dia seguinte, ler no próprio local ou até mesmo ficar por mais tempo, com o compromisso e consciência social em deixa-lo de volta, ou até não, pois sendo livro, é educação, e nunca é demais. “A educação x futuro é o confronto mais saudável que a cultura pode proporcionar, e os livros te levam a isso. A Cidade de Deus é muito grande, e se muitos moradores não podem ir à biblioteca, por que não levá-la até elas?” diz André Melo.
Jorge Gomes, artista plástico e publicitário, criou a campanha para retratar o heroísmo das crianças em viver nas condições adversas em que vivem. A ideia surgiu através de fotos recebidas das crianças. As obras estão à venda em prol do projeto e das famílias das crianças, onde o recurso servirá como investimento para empreendedorismo.
Além do projeto de profissionalização, educação e atendimento psicológico oferecidos para a comunidade, os voluntários estão presentes duas vezes no mês para desenvolver atividades com as crianças. Arte, cultura e música são os temas. Sempre com um viés educacional.